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Quais são as principais famílias de abrasivos?
Os abrasivos são utilizados para vários fins, tanto podendo apresentar-se na forma solida como líquida (na realidade grãos em pastas). Cobrem funções desde o corte e desbaste até ao polimento de alto brilho. Sob a forma sólida apresentam-se geralmente nos formatos seguintes.
Abrasivos Aglomerados (bonded abrasives) – constitui uma mistura sólida de grãos abrasivos com um aglutinante, normalmente rígido, apresentando-se sob imensas formas: discos (os mais comuns), mós, rodas, rebolos, blocos, placas, etc. O aglutinante também pode ser flexível ou elástico, usando-se borracha ou poliuretano.

Abrasivos Revestidos (coated abrasives) – um abrasivo revestido compreende um abrasivo fixado a um material de suporte, normalmente papel, tecido ou mesmo esponja, flexível por natureza, por isso são também designados por abrasivos flexíveis. A tradicional lixa enquadra-se nesta família. É normalmente aplicada uma resina no suporte na qual é integrada o grão abrasivo.

Abrasivos Não Tecidos (non-woven abrasives – AnT) – esses produtos são frequentemente chamados de “Scotch®” ou abrasivos tridimensionais. Os grãos abrasivos são ligados a fibras de nylon flexíveis saturadas com grãos abrasivos. Esta construção de “trama aberta” fornece um suprimento contínuo de novos grãos quando a fibra e os grãos antigos se desgastam. Os produtos não tecidos são adaptáveis aos contornos. Os grãos abrasivos são distribuídos por toda a espessura do material, expondo ainda mais o grão durante o desgaste normal. Isto garante um desempenho consistente durante toda a vida útil do produto, podendo ser usado em ambos os lados e nunca perde o desempenho abrasivo máximo. Os abrasivos não tecidos têm um conteúdo mineral muito alto. A estrutura não tecida aberta minimiza a tendência de bloqueio. Os AnT podem ser usados a húmido ou a seco ou em conjunto com fluidos de polimento. Os abrasivos não tecidos são ideais para aplicações que envolvem baixa velocidade de corte e também baixa pressão de contacto.
Feltros e Tecidos – são produtos destinados ao polimento final de peças, sendo normalmente usados com sabões, pastas ou outros fluidos de polimento.
Quais são os diferentes tipos de grãos abrasivos mais comuns?
Óxido de alumínio (Alox ou AO)
O Óxido de Alumínio (Aluminum Oxide – Alox) é o grão mais comum e tipicamente menos caro. Constitui um bom ponto de partida para a maioria das aplicações de metal, como ferro, aço carbono, ligas de aço, bronze duro e todas as madeiras. É a solução ideal quando se pretenda tenacidade, isto é, capacidade de resistir ao fraturamento. O óxido de alumínio é geralmente marrom ou avermelhado, mas pode apresentar outras cores (azul, verde ou amarelo), o que geralmente indica a presença de camadas de recobrimento adicionais de refrigeração, lubrificação ou para evitar o empapamento. É durável, com arestas de corte resistentes, tendendo a perder as arestas durante o uso. O óxido de alumínio está disponível numa grande extensão de grãos e é o tipo de abrasivo que apresenta mais variantes.
Carboneto de silício (SiC)
O carboneto de silício (Silicon Carbide – SiC) é o mais duro e afiado dos minerais usados em abrasivos flexíveis. A sua dureza e forma muito afiada torna este abrasivo ideal para lixar metais não ferrosos (alumínio, latão, bronze, magnésio, ligas de titânio, etc.) ou mesmo ferro fundido, desde que não muito duro, vidro, tintas, borracha, plásticos, madeiras fibrosas, esmalte e outros materiais relativamente macios e que não exijam grande pressão no corte. O SiC apresenta normalmente uma cor preta ou cinza. Os seus grãos são friáveis, quebrando-se expõem continuamente novas arestas de corte e permitem uma rápida remoção do material. É mais agressivo que o Alox mas, ao desgastar-se mais rapidamente, apresenta uma curva de desgaste ao longo do tempo mais acentuada.
Zircónio (Z ou Zr)
O zircónio (Zirconia Alumina, Zirc ou Zirconium – Zr) é indicado para aplicações de granulometria grossa a média em metal, sendo uma excelente escolha para aplicações exigentes, por exemplo em inox. O Zr é geralmente de cor azul. Funciona melhor sob alta pressão, que é necessária para o grão quebrar, expondo novas arestas afiadas. É um tipo de abrasivo que possui grandes planos de fratura e autoafia-se durante o corte. O Zr está disponível em granulometria limitada e em suportes fortes.
Cerâmico (Cer)
Os abrasivos de óxido de alumínio cerâmicos (Ceramic Alumina – Cer) têm a vida mais longa e a taxa de corte mais rápida de todos os abrasivos revestidos. Eles são a mais recente introdução em grãos abrasivos e apresentam o máximo desempenho, fornecendo um corte agressivo e consistente sob pressão moderada a alta, na medida em que a quebra se dá em micro partículas, mantendo a superfície de abrasão permanentemente afiada. O Cer é o mais caro de todos os abrasivos e apresenta geralmente uma cor vermelha ou laranja. É usado principalmente em aplicações de metal, em especial duro, como o inox, ou ligas com elevado teor de níquel e cobalto. Os grãos Cer estão disponíveis numa granulometria mais extensa que os Zr mas muito menos extensa que os Alox e os SiC, não atingindo grãos tão finos como estes, o que é natural, pois nessa gama passa a relevar mais a capacidade de polimento e menos a de remoção de material.

Grãos Compactos (Cmp)
Não são propriamente uma família de grãos, representando uma lógica construtiva distinta. O abrasivo de grão compacto (Compact Grains – Cmp) constitui uma solução de multicamadas do mesmo grão que desgasta camada por camada, garantindo uma vida longa e acabamento consistente. Os grãos compactos são assim diferentes dos abrasivos revestidos convencionais, constituindo um cluster ou aglomerado de vários grãos abrasivos do mesmo tamanho. Em termos simples, o produto tem várias camadas do mesmo grão, em comparação com apenas uma camada num produto abrasivo revestido convencional. Conforme uma camada de grão abrasivo se desgasta, outra camada é exposta. A construção de grão compacto resulta em menos carga, vida útil mais longa e um acabamento muito constante ao longo do tempo de vida. Usado principalmente em aplicações de metal, nomeadamente em aplicações de retificação automatizada em aço inoxidável e aços leves de alta liga. São tipicamente mais caros que os grãos abrasivos convencionais que os constituem.

Como se classifica a granulometria dos abrasivos?
Há várias convenções para a medição da granulometria dos abrasivos. A mais conhecida é a da FEPA – Fédération Européenne des Fabricants de Produits Abrasifs (Federação dos Produtores Europeus de Abrasivos).
A FEPA distingue entre grão para lixar, isto é para aplicar em suportes (FEPA P), e grão aglomerado em peças abrasivas, nomeadamente mós ou rodas abrasivas (FEPA F).
Os tamanhos dos grãos são definidos pelo número de linhas por polegada (25,4 mm) existente numa peneira, ou, em termos mais simplistas, quantos grãos caberiam, justapostos e alinhados, numa polegada. Por exemplo, para um abrasivo de grão 120, haveria 120 linhas/polegada na peneira, ou caberiam 120 grãos justapostos e alinhados por polegada. Significa isto que os números mais baixos (16, 24, …) correspondem aos grãos mais grossos e agressivos, destinados ao desbaste, e os mais elevados (1000, 1200, …) aos grãos mais finos, destinados ao polimento final.
Na tabela seguinte apresenta-se a equivalência entre as várias convenções granulométricas. A OTA usa, por via de regra, a convenção FEPA em que o número do grão é precedido de um P. Esta é uma importante garantia de qualidade, na medida em que o utilizador sabe, com toda a precisão, que grão está a utilizar. Alguns fabricantes, em alguns produtos excecionalmente finos, apresentam a granulometria diretamente em microns e outros apresentam uma granulometria própria com tabelas de conversão. Na tabela seguinte incluem-se ainda os grãos tipicamente disponíveis no mercado para os principais tipos de abrasivos flexíveis: Alox, SiC, Zr, Cer e Cmp. Faz-se notar que esta tabela é meramente indicativa.

Quais os revestimentos extra mais empregues nos abrasivos flexíveis?

É comum os abrasivos flexíveis terem tratamentos de superfície de forma melhorarem o seu desempenho. Os principais são os seguintes.
Camada Top Size
A camada Top Size é recomendada para retificação a seco de aços inoxidáveis e metais não ferrosos. Graças à camada adicional com os seus aditivos indutores de retificação, o desempenho do corte é melhorado enquanto a temperatura na área de contato é reduzida. Além disso, a vida útil do abrasivo aumenta substancialmente.
Camada de Estearato
A camada anti-adesiva de Estearato é usada principalmente para trabalhar metais não ferrosos, por exemplo alumínio, prevenindo a adesão de partículas e, portanto, o entupimento/empapamento do abrasivo. Aumenta a vida útil do abrasivo.
Camada Antiestática
Os abrasivos com camada antiestática são usados principalmente para trabalhar madeira ou outros materiais não condutores. Normalmente o seu suporte é complementado com substâncias eletricamente condutoras, que garantem que as cargas elétricas possam ser descarregadas com segurança através do abrasivo para o equipamento.
Eles evitam a acumulação de uma carga eletrostática para que o pó da lixagem não adira à peça de trabalho ou à máquina. Pretende evitar o bloqueio do abrasivo e prolonga a sua vida útil.A maioria dos produtos para acabamento de madeira tem este tratamento, sendo que alguns incluem mesmo um acabamento antiestático no lado do abrasivo através da inclusão de substâncias condutoras (por exemplo, grafite) nas próprias resinas de ligação, melhorando o efeito.
Nota: este tratamento, embora seja um extra, não tem aderência à representação gráfica acima, já que não constitui uma camada de revestimento.
Que tipos de suporte são usados nos abrasivos flexíveis?
Há uma grande variedade de soluções que dão suporte aos abrasivos revestidos, apresentando-se os mais usuais.

Papel
Os suportes de papel têm diferentes gramagens, designados por letras, e estão disponíveis para diferentes aplicações. Os pesos de papel padrão são indicados por uma letra que algumas vezes é incluída no código do produto acabado. Quanto mais leve o suporte, maior o grau de flexibilidade, quanto mais pesado o papel, maior a resistência à rotura. A natureza de cada papel (densidade, espessura, flexibilidade, etc.) varia de fabricante para fabricante, até pelos tratamentos que lhes são aplicados. Por exemplo, uma camada de impermeabilização, destinada a suportar aplicações abrasivas a húmido, altera as características do suporte.
Papel |
Peso (g/m2) |
Notas |
A |
70-80 |
Leve e flexível, o papel A é usado principalmente para a operação manual com acabamento a seco e a húmido. Neste último caso, o papel é impermeabilizado e ganha um pouco mais de peso. Usa-se em toda a granulometria, mas sobretudo acima (mais fino) do P80. |
B |
90-105 |
Semelhante ao papel B, podendo já contemplar grãos mais grossos que o P80. |
C |
110-125 |
Este papel médio e leve é usado quando são necessárias alguma flexibilidade e resistência. Mais forte e menos flexível do que os papeis A e B, este suporte é ainda escolhido para trabalho manual (a seco ou a húmido) e para uso em pequenas lixadeiras portáteis. Este suporte é empregue com grãos finos e médios. |
D |
130-160 |
Mais forte e menos flexível do que o papel C. Este papel ainda é escolhido para lixamento manual e para uso em pequenas lixadeiras portáteis. Usa-se em grãos já relativamente grossos P36 a P80. |
E |
220-250 |
Este suporte já não tendo a ser usado em aplicações manuais, sendo principalmente empregue em rolos, cintas e discos, onde é necessária alta resistência à rotura. |
F |
300 |
É o suporte de papel standard mais resistente e menos flexível utilizado no mercado. Usado em rolos cintas e discos que exigem grande resistência, por exemplo em cintas de elevada dimensão. |
G |
400 |
É um papel muito pesado, raramente empregue. |
Tela / Tecido
Os suportes de tecido são mais duráveis do que o papel, oferecem maior resistência à rotura e toleram a dobragem contínua, continuando flexíveis durante o uso, mas são mais dispendiosos. Podem ser construídos em algodão, poliéster ou mistura de ambos (polycotton) (PA). O corpo/espessura também é referenciada por letras, que dependem muito de cada fabricante. As referências típicas são as seguintes.
Tela |
Notas |
JJF |
Normalmente em algodão. É um suporte hiper flexível. É relativamente raro e aplica-se a grãos muito finos. Pode corresponder a uma tela JF de outro fabricante. |
JF |
Normalmente em algodão, mas também em mistura (PA), quando se pretende conferir-lhe mais resistência mecânica. É o suporte mais flexível disponível no mercado, aplicando-se grãos finos e médios. Constitui, na prática, uma variante mais flexível da referência J. |
J |
É uma das referências do mercado e a sua designação decorre da palavra “jeans”. Constitui um tecido leve e flexível, empregue onde o acabamento e uniformidade da superfície são mais importantes do que a remoção de material. É ideal para acabamentos, onde a flexibilidade e conformidade são essenciais, como o trabalho de contornos, em especial de superfícies curvas |
X |
Mais forte e relativamente rígido quando comparado com a tela J, este suporte é usado em produtos projetados para grãos médios e grossos e aplicações de remoção de material e acabamento de com grãos finos. Constitui uma das telas-padrão de todos os fabricantes. |
Y |
Mais forte e mais resistente à rotura, é um suporte empregue em produtos projetados para aplicações severas, normalmente em cintas. Geralmente é feito de poliéster para garantir maior resistência mecânica. É, a par das telas J e X, outra das referências do mercado. |
H |
Mais forte e mais resistente que as telas Y, apresenta menos flexibilidade. É relativamente rara. |
Z |
A mais forte e resistente das telas. É rara. |
Sobre estas referências, encontram-se no mercado várias variantes:
As telas JF também têm designações como JJ, F ou JFlex.
Há telas X um pouco mais flexíveis, que os fabricantes referenciam como XJ, XF ou XFlex
Há telas intermédias, entre as telas X e Y, que são referenciadas como XY
Alguns fabricantes usam telas Y reforçadas, que distinguem, designando-as por YY. Outros podem designá-las, eventualmente, por H.
Combinação
Constitui um suporte combinando, por laminação, tecido e papel rígido (E ou F) e é usado onde a resistência mecânica à rotura e à quebra/dobragem constitui um requisito determinante. É empregue principalmente em grandes cintas calibradoras com grãos grossos, para aglomerado de madeira / MDF.
Filme
O filme em poliéster é usado como suporte para os produtos de polimento de precisão. É usado com mais frequência para cintas e discos abrasivos para lixadeiras orbitais. O filme é mais durável, resistente mecanicamente e aos ataques químicos que o papel, mas bastante mais caro. Pode ser usado húmido ou a seco. Destina-se tipicamente a grãos muito finos, acima de P800, para assegurar uma uniformidade superior da superfície abrasiva e melhor qualidade do acabamento.
Fibra
A fibra é um material duro e durável com grande resistência mecânica, mas fornece, ainda assim, flexibilidade para as aplicações pretendidas. Normalmente a fibra é constituída por várias camadas de papel ligado por resina. Apresenta espessuras que podem variar entre 0,6 e 0,8 mm de espessura e a maior resistência dos suportes de abrasivos revestidos. É usado exclusivamente para fazer discos de fibra de resina. Tem, frequentemente, camada Top Size.
Que tipos de acabamento são usados nos suportes dos abrasivos flexíveis?

A combinação estrita suporte/abrasivo tem de ser muitas vezes complementada com um acabamento para lhe conferir flexibilidade, rigidez adicional ou, simplesmente, para permitir o seu uso com determinadas ferramentas ou equipamentos. Os acabamentos seguintes podem ser usados simplesmente aplicados no suporte ou com diversas combinações entre eles.
Veludo (Vel) – é a situação mais comum e destina-se a permitir o uso de discos ou folhas em equipamentos ou pratos com um sistema do tipo Velcro® para permitir a fácil e rápida operação. O veludo pode apresentar uma extensa gama de gramagens e resistências.
Cola – tipicamente do tipo PSA, que permite um uso semelhante ao veludo, embora se destine a necessidades específicas. Também tipicamente empregue em discos e folhas.
Esponja – para conferir amortecimento ao abrasivo revestido, normalmente com um suporte em papel. Pode ter distintas espessuras e elasticidades.
Reforços – da mais variada natureza, tanto em papel como em material sintético, destinando-se a conferir mais resistência ou rigidez ao suporte. Não é de aplicação generalizada, sendo desenhado para situações particulares.
Como devo armazenar produtos abrasivos?
A melhor maneira de fazer com que os produtos abrasivos mantenham o desempenho e a vida útil máximos, é armazená-los de maneira adequada. Os materiais de ligação e suporte usados nos abrasivos são sensíveis às mudanças de temperatura e humidade.
Os abrasivos devem ser armazenados em ambientes com uma temperatura entre os 15ºC e os 25ºC e uma humidade relativa entre 35% e 50% e resguardados da radiação solar e de fontes de calor.
Os produtos devem ser mantidos nas suas embalagens até ao momento de uso. Alguns deles têm mesmo datas de validade bem definidas.
Gosto do abrasivo que estou a utilizar, mas não o vejo no site da OTA.
Como posso encontrá-lo?
Sugerimos que retire as referências do produto que está a utilizar, ou que pretende, e contacte o nosso departamento comercial pelo telefone +351.226.178.423 ou pelo endereço geral@ota-abrasivos.pt.
Teremos todo o prazer em ajudá-lo a encontrar a melhor escolha.
A OTA faz cintas ou discos à medida?
Sim. A OTA fabrica cintas de tamanhos especiais todos os dias e não são mais caras do que as cintas-padrão de tamanhos semelhantes. Os mesmo se aplica aos discos.
Basta solicitar-nos o tamanho (diâmetro ou perímetro x largura) de que necessita e fornecemos um orçamento e respetivo prazo de entrega. Se não tiver a certeza de como medir uma cinta, podemos orientá-lo facilmente.
Contacte-nos pelo telefone +351 226 178 423 ou pelo endereço geral@ota-abrasivos.pt.
Cintas e Calibradoras
O que são cintas de abrasivo?
As cintas abrasivas são utilizadas em máquinas para lixar, desbastar, polir ou dar acabamento a superfícies. São montadas em máquinas como lixadoras de cinta ou retificadoras para remover material, alisar superfícies ou obter acabamentos específicos numa grande variedade de materiais, tais como madeiras, metais, plásticos e compósitos.
Como escolher a cinta abrasiva certa para a minha aplicação?
As propriedades que definem uma cinta são: dimensões da cinta, tipo de grão, tamanho do grão, tipo de suporte, peso do suporte e tipo de junta.
A escolha da cinta abrasiva adequada depende dos seguintes fatores:
• Tipo de material: Selecione uma cinta adequada para o material com que está a trabalhar (madeira, metal, plástico, etc.).
• Material abrasivo: Os abrasivos comuns incluem o óxido de alumínio (para uso geral), o carboneto de silício (para metais não ferrosos e plásticos) e o zircónio e o cerâmico (para materiais resistentes, como o aço inoxidável).
• Tamanho do grão: Os grãos grossos (por exemplo, 24-60) são ideais para a remoção de materiais pesados, enquanto os grãos mais finos (por exemplo, 120-400) são utilizados para acabamento e polimento.
• Dimensões da cinta: Certifique-se de que a cinta corresponde às dimensões exigidas pela sua máquina.
• Tipo de junta: é melhor contactar-nos nesta matéria, ou deixar a seleção ao critério do respetivo fabricante.
Como se mede uma cinta abrasiva?
As cintas são medidas em duas dimensões: largura e comprimento (perímetro).
A OTA adota a convenção comprimento x largura, sempre em mm. No entanto, o mais comum é o inverso: largura x comprimento.
Quais são as dimensões mais comuns de cintas?
Há imensas larguras, que se combinam com imensos comprimentos, razão pela qual se dividem em famílias:
• Cintas estreitas (file belts): tipicamente com larguras entre 6 e 50mm.
• Cintas normais: com larguras típicas entre 50 e 300mm.
• Calibradoras ou bandas largas: com larguras típicas entre 600 e 1650mm.
• Cintas segmentadas: com larguras acima de 1650 mm, que exigem um processo de fabrico especial.
Quais são os comprimentos mais comuns de cintas?
O comprimento da cinta depende do equipamento onde vai ser usada.
Os comprimentos disponíveis são imensos, podendo ir desde cerca de 50 mm, até mais de uma dezena de metros.
O comprimento normalmente está associado às larguras: não são comuns cintas muito estreitas e muito compridas e o inverso (muito largas e muito curtas).
A OTA tem medidas-tipo para as cintas?
A OTA, nas cintas, trabalha numa lógica make-to-order, i.e. confeciona segundo a encomenda, pelo que não tem medidas tipo, conseguindo fabricar cintas para praticamente todas as combinações comprimento x largura.
Esta flexibilidade em termos de dimensões é complementada com uma enorme variedade de tipos de abrasivos, grãos, suportes e qualidades, pelo que podemos fornecer praticamente qualquer tipo de cinta necessária para a sua aplicação.
O que é uma cinta calibradora?
Uma cinta abrasiva calibradora é um tipo de lixa em forma de cinta contínua (ou seja, em forma de anel) usada em máquinas calibradoras para realizar o desbaste preciso de grandes superfícies, principalmente em madeira, mas também em metais e outros materiais.
A máquina calibradora tem como função nivelar e dar espessura uniforme a peças (especialmente madeira). É diferente de uma lixadeira comum porque tem maior precisão, dimensões e capacidade controlada de remoção de material.
Em termos práticos, é uma cinta apenas com uma largura maior que o habitual, podendo variar entre os 600mm (pura convenção) e os 1650mm, ditados pela largura dos rolos a partir dos quais se fabricam.
O que são cintas de lixa estreitas (file belts)?
As cintas estreitas são um tipo de cinta abrasiva utilizada principalmente para tarefas de acabamento preciso e fino, normalmente em espaços pequenos ou para trabalhos detalhados. São frequentemente utilizadas com lixadoras estreitas, que são ferramentas especializadas concebidas para aplicações de lixagem ou desbaste mais finas e controladas.
Principais características das cintas:
• Estreitas e Flexíveis: estas cintas são geralmente mais estreitas do que as cintas tradicionais, o que permite uma maior precisão nas operações de desbaste e acabamento. Podem caber em espaços apertados e ser manobradas mais facilmente para trabalhos detalhados.
• Suporte flexível: O material de suporte das cintas de lixa é geralmente flexível para proporcionar mais controlo durante o lixamento e acompanhar melhor os contornos da peça de trabalho.
• Disponíveis em diferentes grãos e materiais: tal como outras lixas, estas cintas fabricam-se numa grande variedade de tamanhos de grãos, desde os mais grossos (para remoção de material) aos mais finos (para polimento ou acabamento), tipos de abrasivos (Alox, SiC, Zr e Cer) e suportes, geralmente telas ou SCM.
Utilizações comuns das cintas estreitas:
• Metalurgia: São utilizadas para alisar cordões de soldadura, rebarbar arestas ou dar acabamento a pequenas peças metálicas.
• Marcenaria: As cintas estreitas são por vezes utilizadas para lixar peças de madeira pequenas ou delicadas, como aparar, moldar ou desenhos complexos.
• Materiais plásticos e compósitos: São utilizados para obter um acabamento liso em peças plásticas ou compósitas, especialmente onde é necessária precisão.
Tipos de lixadoras:
• Lixadoras de cinta manuais: São ferramentas leves e portáteis concebidas para operação manual, frequentemente utilizadas para lixagem mais detalhada e precisa.
• Lixadoras de cinta fixas: Versões maiores podem ser utilizadas em ambientes industriais ou comerciais para tarefas repetitivas que exijam um acabamento fino.
Quais são as larguras mais comuns das cintas estreitas (file belts)?
As larguras mais comuns para as cintas estreitas são normalmente concebidas para lixagem e acabamento de precisão e variam de acordo com a aplicação específica e máquina onde são aplicadas.
As gamas de largura mais utilizadas são as seguintes:
• 6 a 8 mm (1/4”): comum nos processos de polimento de precisão.
• 12-15 mm (1/2”): esta é uma das larguras mais comuns para as cintas estreitas, especialmente para trabalhos mais finos e detalhados. É ideal para lixagem de precisão em espaços apertados ou estreitos, como remover rebarbas ou alisar arestas em peças pequenas.
• 20 mm (3/4”): é uma cinta ligeiramente mais larga, que oferece um bom equilíbrio entre o trabalho detalhado e a capacidade de cobrir uma área de superfície maior. É frequentemente utilizada para tarefas que exigem uma superfície de lixagem ligeiramente maior, como polir pequenos componentes de metal ou madeira.
• 25 mm (1”): Esta largura é frequentemente utilizada para lixagem de uso geral, proporcionando mais abrasividade e eficiência para tarefas ligeiramente maiores sem comprometer a precisão necessária para peças mais pequenas.
• 50 mm (2”): Embora menos comuns para detalhes finos, estas cintas são utilizadas para tarefas de acabamento mais amplas que exigem um maior poder de lixagem. São úteis para obter acabamentos mais suaves em peças de tamanho médio, especialmente quando se trabalha com metal ou madeira.
Quais as gamas de grãos das cintas abrasivas?
O tamanho do grão abrasivo de uma cinta determina a sua grossura e agressividade:
• Grãos grossos (16-60): Ideal para a remoção agressiva de materiais e desbaste.
• Grãos médios (80-120): Ideal para lixagem geral e acabamento intermédio.
• Grãos finos (150-400): Utilizados para polir, dar acabamento e alisar superfícies.
• Grãos extrafinos (600+): Para acabamento e polimento ultrafinos, frequentemente utilizados em metais.
Como é que o tamanho do grão afeta o acabamento?
Quanto maior for o número (tamanho do grão), mais áspero será o acabamento.
Que tipos de materiais abrasivos são utilizados em cintas?
• Óxido de Alumínio (Alox): É um abrasivo versátil e duradouro utilizado para lixagem e desbaste de uso geral.
• Carboneto de Silício (SiC): Mais duro e afiado, ideal para lixar metais não ferrosos, vidro, cerâmica e plásticos.
• Zircónio (Zr): Durável e ideal para desbastes pesados em materiais resistentes como o aço e o aço inoxidável.
• Cerâmico (Cer): Material de alto desempenho para remoção extrema de material e tarefas de maquinação difíceis.
Qual é o melhor grão abrasivo para uso geral?
O óxido de alumínio (Alox) é oferecido desde tamanhos de grão muito grossos até muito finos para uma vasta gama de acabamentos e aplicações gerais.
Posso utilizar a mesma cinta abrasiva para diferentes materiais?
Embora algumas cintas abrasivas possam funcionar em vários materiais, é melhor utilizar uma cinta concebida para o material específico, de modo a obter resultados ideais e prolongar a sua vida útil.
Por exemplo, uma cinta de carboneto de silício é melhor para metais não ferrosos e plásticos, enquanto o óxido de alumínio é mais adequado para madeira e uso geral.
Onde devo usar os grãos de zircónio?
O Zircónio (Zr) é sobretudo utilizado em metais, embora possa ter menor corte e desempenho em comparação com os grãos cerâmicos.
Onde devo utilizar grãos cerâmicos?
São sobretudo usados em aço inoxidável ou outros metais de alta liga para remover material – grãos grossos.
Que cinta devo usar para marcenaria?
Os materiais de grão aberto de Óxido de Alumínio com suporte de tela ou papel funcionam normalmente bem em madeira.
Quais são os tipos de suporte mais comuns para as cintas abrasivas?
O suporte de uma cinta abrasiva é o componente que fornece o suporte estrutural para os grãos abrasivos, permitindo que a cinta mantenha a sua forma e resistência durante a utilização.
O tipo de suporte utilizado numa cinta abrasiva desempenha um papel crucial na sua flexibilidade, durabilidade e adequação a diferentes aplicações.
Eis os tipos mais comuns de suporte para cintas abrasivas:
1. Suportes em Tela
• Descrição: Os suportes em tela são os mais utilizados e são feitos de tecidos, geralmente algodão ou poliéster. Estes suportes proporcionam flexibilidade e resistência ao desgaste.
• Características:
– Altamente flexível, o que permite uma melhor adaptação ao formato da peça de trabalho.
– Ideal para aplicações em que a cinta necessita de ser dobrada ou fletida (por exemplo, lixagem de contornos ou superfícies curvas).
– Oferece uma boa resistência ao rasgo e durabilidade, especialmente quando utilizado em aplicações pesadas.
• Tipos de Suporte em Tecido:
– Algodão: Utilizado em cintas para aplicações gerais.
– Poliéster: Mais durável e resistente a rasgões, frequentemente utilizado em aplicações pesadas ou de alto desempenho.
– Misturas de poliéster/algodão: Combinam ambos os materiais para um melhor desempenho e flexibilidade.
• Aplicações: Carpintaria, metalurgia e polimento.
2. Suportes de Papel
• Descrição: Os suportes de papel são geralmente feitos de uma folha de papel kraft ou outros materiais de papel e são frequentemente utilizados em aplicações de exigência ligeira a média.
• Características:
– Menos durável e flexível em relação aos suportes de tela.
– Mais rígidos, o que os torna menos adequados para lixar superfícies curvas ou com contornos.
– Normalmente utilizados para tarefas de lixagem mais finas ou onde é necessária uma elevada precisão.
• Aplicações: Lixagem fina, acabamento e polimento em madeira, metal e plástico.
3. Suporte de Filme
• Descrição: Os suportes de filme são constituídos por uma película plástica fina e flexível (como o poliéster ou outros polímeros). Este tipo de suporte é durável, resistente a rasgões e proporciona uma superfície suave e consistente para os grãos abrasivos.
• Características:
– Extremamente durável e resistente a rasgões e estiramento.
– Proporciona uma superfície muito lisa e plana, o que ajuda a manter a uniformidade da superfície abrasiva.
– Oferece um desempenho mais consistente em comparação com o papel ou o tecido, especialmente para aplicações de precisão.
– Excelente para tarefas de alto desempenho que exigem um alongamento mínimo e um controlo máximo.
• Aplicações: Lixagem, polimento e retificação de precisão, especialmente nas indústrias automóvel, aeroespacial e eletrónica.
4. Suportes de Fibra Sintética Não-Tecida (SCM – Surface Conditioning Materials)
• Descrição: Fabricado em fibras sintéticas, este tipo de suporte é frequentemente utilizado para produtos abrasivos especializados, como abrasivos “Scotch-Brite®” ou não-tecidos.
• Características:
– Oferece um acabamento mais suave e flexível em comparação com outros suportes.
– Ideal para tarefas que exijam uma ação abrasiva ligeira, como limpeza, polimento ou acabamento de superfícies sem remover muito material.
• Aplicações: Limpeza, acabamento, lixagem ligeira e preparação de superfícies.
Resumo dos tipos de suporte:
• Tela: Flexível e durável, bom para trabalhos pesados e em superfícies curvas (por exemplo, marcenaria e metalurgia).
• Papel: Rígido, melhor para acabamento fino e lixagem ligeira a média (por exemplo, lixagem fina de madeira ou metal).
• Película: Suave, resistente a rasgões, ideal para tarefas de precisão e alto desempenho (por exemplo, automóvel e aeroespacial).
• Fibra Não-Tecida: Macia e flexível, utilizada para tarefas abrasivas ligeiras, como limpeza ou amaciamento de superfícies.
Cada tipo de suporte tem vantagens específicas, dependendo do tipo de tarefa realizada. Para aplicações pesadas, os suportes de tela são normalmente os preferidos. Para trabalhos de acabamento preciso, são normalmente utilizados filmes e suportes de papel.
Quais são os tipos de suportes de papel existentes?
Os suportes de papel são oferecidos com gramagens crescentes classificadas de A a F.
Flexibilidade e durabilidade são as diferenças. A gramagem A é a mais flexível e menos durável, e a gramagem F é a menos flexível e a mais durável.
Quais são os tipos de suportes de tecido existentes?
Os diferentes suportes são o algodão, o poliéster e o polialgodão (polycotton).
Flexibilidade, durabilidade e resistência à água são as principais diferenças:
Algodão – mais flexível para a mesma gramagem, menos resistente a rasgões, não impermeável
Poliéster – menos flexível para a mesma gramagem, mais resistente a rasgões, impermeável
Polialgodão – no meio dos dois, impermeável.
Em relação à flexibilidade, esta vai da mais flexível (classificações JJ, JF ou H) à mais rígida (classificações YY ou Z).
Quais os tipos de juntas das cintas de abrasivo?
As juntas ou emendas são utilizadas para ligar as duas extremidades da cinta num todo contínuo. A junta desempenha um papel crucial na durabilidade, desempenho e adequação da cinta para aplicações específicas.
As juntas definem-se pelo ângulo e pelo tipo de colagem/fixação das duas extremidades da cinta.
-No que respeita ao ângulo:
Os mais comuns são de 67º e 55º.
Os menos comuns, os de 90º e de 45º.
Com a diminuição do ângulo tende também a diminuir o efeito, na peça, de alguma diferença de espessura na junta e a aumentar ligeiramente a resistência da cinta à tração. Em contrapartida o seu custo aumenta, pela sua maior extensão e desperdício de lixa.
-No que toca à fixação das extremidades, a OTA usa as seguintes alternativas:
T1 (Normal – N) – é uma junta em que há sobreposição das duas extremidades da cinta, com base numa lixagem da face inferior e superior de cada uma delas, de modo a minimizar o aumento de espessura na zona da junta. É a junta mais comum.
T2 (Decapada – D) – é igual à junta tipo 1, efetuando-se, adicionalmente, uma decapagem do abrasivo na zona sobreposta para garantir que não há qualquer ressalto na junta no processo de lixagem.
T3 (Topo-a-Topo – TT) – é uma junta na qual as duas extremidades são encostadas nos topos e se utiliza uma fita de poliéster reforçada para assegurar a união das duas pontas nas costas da cinta, como se fosse uma usual fita-cola.
T4 (TTD) – é uma junta igual à Tipo 3, efetuando-se, adicionalmente, uma decapagem do abrasivo na zona da junta para garantir que não há qualquer ressalto na junta no processo de lixagem.
T5 (TTR) – é uma junta parecida com a Tipo 3, só que a colagem é efetuada na frente da cinta, à custa de uma decapagem do abrasivo nas duas pontas da cinta.
As juntas T1 e T3 são as mais comuns, sendo a T1 a mais económica.
A T3 tende a ser aquela aconselhada quando a cinta está sujeita a esforços muito elevados, especialmente em cintas de telas e grãos fortes.
A T5 usa-se em processos de polimento muito fino, em cintas de papel ou tela flexível.
As T2 e T4, cobrem casos particulares, quando as congéneres (T1 e T3) não funcionam.
Como escolher a junta adequada?
O tipo de junta que escolher para a sua cinta abrasiva depende da aplicação e da tensão a que vai ser sujeita.
Tipicamente as cintas de papel usam juntas do Tipo 1 e as de tela juntas Tipo 3, mas depois há uma enorme variedade de situações, conjugadas com os respetivos ângulos.
Que informações estão na parte de trás de uma cinta?
A parte de trás de uma cinta deve conter, pelo menos, o grão e o código de fabrico do produto.
Como instalar corretamente uma cinta abrasiva na minha máquina?
Para instalar uma cinta abrasiva:
• Desligue e retire a máquina da tomada por segurança.
• Alivie a tensão da cinta existente, desapertando o mecanismo de tensionamento.
• Retire a cinta antiga com cuidado.
• Alinhe a nova cinta com o sentido de rotação correto e coloque-a sobre os rolos.
• Ajuste a tensão, de modo que a cinta fique justa, mas não excessivamente apertada.
• Teste a máquina brevemente para garantir que a cinta está corretamente alinhada.
Como devo fazer a manutenção da minha cinta abrasiva?
• Armazenamento adequado: Armazene as cintas num local seco e fresco, longe da luz solar direta e da humidade, para evitar o desgaste prematuro ou danos.
• Evite a pressão excessiva: Aplique uma pressão moderada e constante durante o funcionamento para evitar que a cinta se desgaste de forma irregular ou prematura.
Como devo armazenar as minhas cintas abrasivas?
Deve seguir as seguintes recomendações:
• As condições climáticas para armazenamento são, preferencialmente, de 18 a 22 °C e humidade relativa de 45 a 65%.
• Evite a exposição a fontes de calor, luz solar direta ou humidade excessiva.
• Certifique-se de que o produto e as informações de segurança fornecidas com o produto estão disponíveis para o utilizador final.
• As cintas longas devem ser removidas da embalagem e armazenadas junto da máquina durante pelo menos 48 horas antes da montagem para se adaptarem às condições ambientais.
• Depois de desembaladas, as cintas devem ser penduradas numa haste ou pino com um diâmetro mínimo de 50 mm.
Como sei quando é altura de substituir a cinta abrasiva?
As cintas abrasivas devem ser substituídas quando:
• O material abrasivo estiver desgastado e não proporcionar mais lixagem ou desbaste eficaz.
• A cinta apresentar sinais visíveis de danos, tais como rasgões, desfiados ou deformações.
• O desempenho da cinta se deteriorar, resultando num acabamento superficial insatisfatório ou em tempos de processamento mais longos.
Como posso prolongar a vida útil da minha cinta abrasiva?
Para prolongar a vida útil de uma cinta:
• Utilize a tensão adequada: Certifique-se de que a cinta não está nem demasiado apertada nem demasiado solta na máquina.
• Mantenha a máquina limpa: Limpe-a regularmente para evitar a acumulação de pó e detritos, que podem desgastar a cinta mais rapidamente.
• Evite o sobreaquecimento: O calor excessivo pode fazer com que a cinta perca a sua abrasividade e se degrade mais rapidamente, por isso evite trabalhar com demasiada pressão durante períodos prolongados.
• Ajuste a cinta corretamente: Certifique-se de que a cinta está direita e não se desloca dos rolos, o que pode provocar um desgaste prematuro e irregular.
Princípios Gerais de Segurança na utilização de Cintas (F.E.P.A.)
Os produtos abrasivos utilizados incorretamente podem ser muito perigosos:
• Siga sempre as instruções fornecidas pelo fornecedor do produto abrasivo e da máquina;
• Certifique-se de que o produto abrasivo é adequado para a utilização prevista.
Esteja ciente dos potenciais perigos ao utilizar cintas abrasivas e observe as precauções recomendadas:
• Contacto corporal com o produto abrasivo à velocidade de operação;
• Lesões resultantes da quebra do produto durante a utilização;
• Resíduos de retificação, faíscas e poeiras geradas pelo processo de retificação;
• Ruído;
• Vibração.
Nunca utilize uma máquina que não esteja em boas condições de funcionamento ou que tenha peças defeituosas.
As empresas devem:
• Realizar uma avaliação de riscos para todos os processos abrasivos individuais, de modo a determinar as medidas de proteção adequadas necessárias;
• Garantir que os seus colaboradores estejam devidamente formados para o desempenho das suas funções.
Recomendações Específicas de Segurança para a Utilização de Cintas*
• Não utilizar perto de materiais inflamáveis
• As cintas abrasivas podem rasgar. Tome precauções contra o risco de quebra da cinta, por exemplo: vestuário e dispositivos de proteção ou equipamento de segurança da máquina.
• Utilize proteção ocular para se proteger de detritos projetados.
• Utilize proteção auricular se estiver a trabalhar com máquinas que geram ruído.
• Utilize máscara anti-pó para evitar a inalação de partículas suspensas no ar.
• Certifique-se de que as pessoas que se encontram nas proximidades estão protegidas contra lascas, faíscas, detritos, fumo, pó ou ruído.
• As operações de lixagem com cinta podem produzir elevadas concentrações de poeira, gás ou névoa, o que pode representar um risco para a saúde e um risco de explosão.
• Evite que os cabelos compridos, gravatas, roupas largas, joias ou pulseiras entrem em contacto com a máquina e sejam puxados. Tome medidas de precaução.
• As máquinas abrasivas que não possuem proteções totalmente fechadas exigem que o operador utilize equipamento de proteção individual adequado (por exemplo, luvas de proteção, aventais, protetor facial, máscara de pó).
• Verifique o mecanismo de bloqueio da tampa da máquina. Não retire as proteções. Qualquer contacto com as cintas em funcionamento pode resultar em ferimentos graves.
• Ao montar, observe o sentido de rotação marcado na cinta.
• Após montar a cinta, certifique-se de que as proteções estão no devido lugar e ajustadas corretamente. Realize um teste de funcionamento operando a cinta à velocidade máxima durante pelo menos 30 segundos. Verifique se existem vibrações ou ruídos invulgares e corrija-os, se observados.
• Certifique-se de que a peça de trabalho está devidamente apoiada e fixa para evitar movimentos.
• Certifique-se de que a ferramenta está bem fixa e bem ligada para evitar acidentes.
• Verifique se a cinta apresenta defeitos ou desgaste antes da utilização.
• Ligue a máquina e aguarde até que a cinta atinja a sua velocidade máxima de funcionamento antes de lixar.
• As cintas só devem ser utilizadas a seco, a menos que sejam especificadas como adequadas para lixagem a húmido (contacte o fabricante em caso de dúvida).
• Utilize o centro da cinta, se possível, e lixe o mais plano possível. Evite lixar com a borda da cinta e evite danificá-la com peças afiadas ou com arestas cortantes.
• Não aplique pressão excessiva e evite o sobreaquecimento da cinta.
• Não abra a proteção nem use as máquinas portáteis até que a cinta esteja completamente parada.
• Verifique as cintas em utilização periodicamente quanto a desgaste, rasgos ou danos (por exemplo, fissuras nas arestas, fraturas ou desgaste severo das juntas) e substitua-as, se necessário.
*Adaptação recomendações F.E.P.A.
Discos de Abrasivo Flexível
O que é um disco de abrasivo flexível?
Os discos de abrasivo flexível são usados para a lixagem e acabamento em superfícies. A flexibilidade da base permite que o disco se adapte melhor à forma da superfície trabalhada, o que é útil para trabalhos em superfícies irregulares ou curvas.
Esses discos são frequentemente utilizados em máquinas como rebarbadoras ou lixadeiras para polir, desbastar ou remover camadas de materiais (como madeira, metal, plástico ou pintura).
A flexibilidade do disco proporciona maior controle e acabamento mais uniforme, especialmente em superfícies que exigem um acabamento mais delicado.
Qual é a diferença entre discos de abrasivo flexível e os discos rígidos de rebarbar/desbastar?
Os discos de abrasivo flexível são concebidos principalmente para o acabamento de superfícies, lixagem e polimento, enquanto os discos rígidos de rebarbar se destinam à remoção mais agressiva de materiais.
Os discos rígidos têm geralmente uma estrutura mais resistente e são utilizados para cortar, desbastar ou moldar materiais duros.
Os discos de abrasivo flexível, por outro lado, são normalmente utilizados para acabamentos mais suaves e são mais adequados para tarefas como lixagem e polimento, embora também possam fazer desbaste.
Quais são as melhores utilizações para os discos de abrasivo flexível?
Estes discos são utilizados para:
• Metalurgia: Desbaste, polimento e rebarbação de metais.
• Marcenaria: Lixagem e modelação de madeira.
• Automóvel, Náutica e Aeroespacial: Preparação de superfícies, remoção de tintas e acabamento de metais.
• Construção: Lixagem de betão, alvenaria e pedra.
• Plástico e fibra de vidro: Alisamento e acabamento.
Como escolher o disco abrasivo com o abrasivo certo?
Para selecionar o disco com o abrasivo correto, considere:
• Tipo de material: O material abrasivo (por exemplo, óxido de alumínio para metal, carboneto de silício para vidro ou cerâmica).
• Tamanho do grão: Quanto mais fino for o grão, mais liso será o acabamento.
• Material de suporte: Escolha com base na aplicação (por exemplo, papeis para lixagem ligeira, telas para desbaste pesado).
• Aplicação: A natureza do trabalho (polimento, desbaste ou lixagem).
Quais os parâmetros fundamentais dos discos?
Os parâmetros relevantes na hora de selecionar um disco são:
• Tipo de Abrasivo
• Grão
• Acabamento de superfície
• Fixação
• Tipo de Suporte
• Diâmetro
• Furação
• Tipo de trabalho (seco/húmido)
Quais os abrasivos mais usados nos discos?
O tipo de material abrasivo utilizado determina a eficácia e a aplicação do disco. Os materiais mais comuns são:
• Óxido de Alumínio (Alox): é o abrasivo mais generalizado, muito usado na madeira e em metais ferrosos e não-ferrosos.
• Carboneto de Silício (SiC): ideal para materiais mais duros, como vidro, cerâmica e pedra.
• Zircónio (Zr): usado em materiais duros, como aço inoxidável.
• Cerâmico (Cer): para aplicações mais específicas, em metais duros e materiais resistentes ao desgaste.
Como é que o tamanho do grão afeta o acabamento?
Quanto maior for o número (tamanho do grão), mais áspero será o acabamento.
Quais os grãos mais comuns dos discos?
Há uma enorme variedade de grãos empegues nos discos, dependendo do material a trabalhar e do resultado que se pretende obter:
• Grãos muito grossos (16 a 30): para utilizações com enorme desbaste ou remoção de material.
• Grãos grossos (36 a 60): bastante usados, para remoção agressiva de material.
• Grãos médios (80 a 120): usados em trabalhos de preparação ou acabamento intermédio.
• Grãos finos (150 a 600): empregues para acabamentos mais suaves e detalhados.
• Grãos muito finos (800 a 7000): utilizados em trabalhos especializados.
Que tipos de revestimento do grão existem?
Alguns discos possuem revestimentos especiais para aumentar a eficiência e melhorar o acabamento do abrasivo, nomeadamente:
• Revestimentos anti-obstrução: normalmente em estearato, destinam-se a reduzir o entupimento do abrasivo e aumentar a eficiência e durabilidade;
• Revestimentos de arrefecimento, do tipo Top Size: destinam-se ao não deixar aquecer tanto a zona de trabalho, de modo a aumentar a durabilidade do abrasivo e a não danificar a peça.
Como fixo os discos de abrasivo flexível à base da máquina?
Os discos de abrasivo flexível podem ser fixados através de vários métodos:
• Tecido: para fixar em material do tipo Velcro®, assegurando trocas rápidas de disco. É o método mais difundido.
• Autoadesivo: fixa por colagem a uma base lisa. A OTA disponibiliza diversas soluções desta natureza. São bastante menos usadas do que as para Velcro®.
• Orifício central: para fixação com parafuso na base de apoio. É uma solução pouco usual.
• Quick-Change: fixam-se pequenas peças plásticas no disco, normalmente em tela, que enroscam nos equipamentos. Apenas se utiliza para diâmetros muito pequenos, até 77mm.
Quais os suportes do abrasivo mais comuns em discos?
O suporte do disco é o material que fornece o suporte estrutural para os grãos abrasivos, permitindo que o disco mantenha a sua forma e resistência durante a utilização.
O tipo de suporte utilizado num disco abrasivo desempenha um papel crucial na sua flexibilidade, durabilidade e adequação a diferentes aplicações.
A espessura do suporte tem impacto na flexibilidade e durabilidade do disco. Os discos mais finos são mais elásticos e indicados para acabamentos, enquanto os discos mais espessos são mais robustos e indicados para desbaste e remoção de material mais agressivo.
Eis os tipos mais comuns de suportes do abrasivo para discos:
1. Suporte de Papel
• Descrição: O papel é, de longe, o suporte mais utilizado. Geralmente feito de uma folha de papel kraft ou outros materiais de papel e é frequentemente utilizado em aplicações de baixa a média exigência mecânica.
• Tipos de Suporte de Papel: são utilizados todos os tipos de papel – de gramagem A a F – de acordo com as necessidades de flexibilidade e resistência ao desgaste.
• Aplicações: Lixagem fina, acabamento e polimento em madeira, metal e plástico, normalmente a seco.
2. Suporte de Tela
• Descrição: Consistem em tecidos, geralmente algodão, poliéster ou uma mistura de ambos. Estes suportes proporcionam maior resistência ao desgaste.
• Tipos de Suporte de Tecido: Algodão, Poliéster e misturas de Poli/Algodão.
• Aplicações: Lixagem exigente, normalmente com grão grosso, em marcenaria e metalurgia.
3. Suporte de Filme
• Descrição: Os suportes de película são constituídos por uma película plástica fina e flexível (como o poliéster ou outros materiais poliméricos). Este tipo de suporte é durável, resistente a rasgões e proporciona uma superfície lisa e consistente para os grãos abrasivos.
• Aplicações: Lixagem, polimento e retificação de precisão, especialmente nas indústrias automóvel, aeroespacial, náutica, e eletrónica.
4. Suporte de Fibra Sintética Não-Tecida
• Descrição: Fabricado em fibras sintéticas, este tipo de suporte é frequentemente utilizado para produtos abrasivos especializados, como o Scotch-Brite® ou abrasivos não tecidos.
• Aplicações: Limpeza, acabamento, lixagem ligeira e preparação de superfícies. Oferece um acabamento mais suave e flexível em comparação com outros suportes. Ideal para tarefas que exijam uma ação abrasiva ligeira, como limpeza, polimento ou acabamento de superfícies sem remover muito material.
Cada tipo de suporte tem vantagens específicas, dependendo do tipo de tarefa que está a realizar. Para aplicações pesadas, os suportes de tecido e poliéster são frequentemente preferidos. Para trabalhos de acabamento precisos, são normalmente utilizados suportes de filme e papel.
Quais os tipos mais comuns de adições aos suportes dos discos?
Fazem-se correções ao próprio disco, de modo a alterar-lhes as condições do abrasivo base, conferindo-lhe, por exemplo, maior amortecimento, rigidez, resistência mecânica ou térmica. Colocam-se camadas adicionais de tela, esponja ou papel de diversas espessuras.
Quais os diâmetros mais comuns dos discos de abrasivo flexível?
O diâmetro do disco depende do tipo de base e máquina que será usada. Tipicamente, discos menores são adequados para detalhes, enquanto discos maiores são usados para grandes superfícies.
Os diâmetros mais pequenos começam em cerca de 15mm e os maiores podem atingir os 1000mm. A OTA cobre toda esta gama.
As dimensões mais comuns são 75/ 77, 115, 125 e 150 mm, para o uso em máquinas portáteis ou manuais, e 250 e 300 mm para máquinas fixas.
Cada diâmetro pode ter vários tipos de furação.
Quais as furações mais comuns dos discos de abrasivo flexível?
A furação destina-se a permitir a aspiração do pó e do material retirado, aumentando a limpeza do espaço e a qualidade do trabalho.
A furação do disco deve coincidir com a furação da base de suporte.
Em termos gerais, quando não há aspiração, é melhor utilizar os discos sem furos.
Há vários standards de furação, normalmente ligados ao diâmetro do disco, conforme se explicita na tabela seguinte.
Apesar da variedade de modelos de furos, há alguns que encaixam entre eles, nomeadamente para o diâmetro mais comum (150mm): grupo 1 (6, 7 e 15 furos), grupo 2 (8, 9, 17 e 49 furos).
Há muitos outros padrões de furos, que variam com a opção de cada fabricante. É fundamental que esse padrão seja consistente com a base de suporte e a aspiração. Sistema mais complexos, como mais furos, tendem a ser mais exigentes em termos de utilização/colocação.
Posso utilizar discos de abrasivo flexível em todas as superfícies?
Estes discos podem ser utilizados em muitas superfícies, mas o material abrasivo e o grão devem ser adequados à superfície. Por exemplo:
• Utilize Óxido de Alumínio (Alox) para metal e madeira.
• O Carboneto de Silício (SiC) é ideal para betão, vidro e pedra.
• O Zircónio (Zr) funciona bem em aço e outros materiais duros.
• O grão Cerâmico (Cer) é mais usado para aço inoxidável e outros metais duros.
Sem prejuízo destas referências, cada aplicação deve ser analisada, utilizando-se, por exemplo, os grãos SiC em metal ou pintura, e os grãos Zr em madeiras duras.
Posso utilizar o mesmo disco tanto em madeira como em metal?
Sim, mas depende do tipo de disco.
Por exemplo:
• Madeira: Os discos de óxido de alumínio são normalmente utilizados neste tipo de aplicação, pois oferecem um bom corte e durabilidade.
• Metal: Para a metalurgia, os discos com abrasivo de zircónio ou cerâmico são mais adequados devido à sua capacidade de suportar o calor e a pressão, proporcionando uma remoção mais rápida do material.
Embora alguns tipos de abrasivo possam funcionar em vários materiais, é melhor utilizar um abrasivo concebido para o material específico, de modo a obter resultados ideais e prolongar a sua vida útil.
Qual é o melhor grão abrasivo para uso geral?
O óxido de alumínio (Alox) é oferecido desde tamanhos de grão muito grossos até muito finos para uma vasta gama de acabamentos e aplicações gerais.
Qual é a diferença entre os abrasivos de “dispersão aberta” (open coat) e de “dispersão fechada” (closed coat)?
Os discos de dispersão aberta possuem mais espaço entre os grãos de abrasivo, permitindo uma melhor dissipação do calor e evitando o entupimento. São normalmente utilizados para lixar materiais mais macios, como a madeira.
Os discos de dispersão fechada têm as partículas abrasivas dispostas próximas umas das outras, proporcionando uma maior área contacto, para um desbaste agressivo. São utilizados para materiais mais duros, como o metal e a pedra.
Os discos de abrasivo flexível podem ser utilizados tanto para aplicações a seco como a húmido?
Sim, os discos de abrasivo flexível tanto podem ser utilizados para lixagem a seco como a húmido, mas isso depende do tipo de disco e do material a trabalhar.
O lixamento húmido pode ajudar a reduzir o calor e o pó, prolongando a vida útil do disco.
No entanto, nem todos os discos são concebidos para utilização húmida. Há vários suportes em papel que não estão concebidos para uma utilização a húmido. Já as telas ou o filme, não apresentam tipicamente este inconveniente.
É importante verificar as recomendações do fabricante antes de utilizar.
Posso utilizar discos abrasivos numa lixadora orbital excêntrica?
Sim, os discos de abrasivo flexíveis com fixação do tipo Velcro® são normalmente utilizados em lixadoras orbitais excêntricas e podem ser facilmente substituídos sem ferramentas.
Certifique-se apenas de que o disco tem o tamanho correto para a base da sua lixadora.
Posso utilizar discos de abrasivo flexível numa rebarbadora de bancada?
Normalmente, estes não são ideais para utilização em rebarbadoras de bancada.
Nestas geralmente são utilizados rebolos ou outro tipo de discos rígidos.
No entanto, alguns tipos de discos podem, por vezes, ser montados em rebarbadoras de bancada para determinados tipos de remoção de material.
Verifique as especificações do disco e o seu sistema de fixação antes de utilizar.
Discos de Fibra
O que é um Disco de Fibra?
Os discos de fibra são os produtos de desbaste mais clássicos, sendo um disco abrasivo revestido de alta resistência com uma construção de resina sobre resina sobre um suporte de fibra vulcanizada de alta resistência.
Ideal para aplicações gerais, desde a remoção de material pesado à uniformização de superfícies, é utilizado com um disco de apoio em rebarbadoras angulares portáteis.
A fibra vulcanizada é um material compósito feito de celulose (algodão ou fibras de celulose). O nome é uma referência à vulcanização da borracha natural para formar borracha dura, que, à primeira vista, é semelhante à produção de fibra vulcanizada. A fibra vulcanizada é produzida através da orientação de mantas de algodão e/ou fibras de celulose através de um banho contendo solução de cloreto de zinco ou ácido sulfúrico, provocando a dissolução parcial das fibras. O líquido é então prensado, unindo as fibras individuais e as mantas, sem a adição de quaisquer agentes de ligação.
Graças à sua grande resistência mecânica e estabilidade, baixo peso e excelente ductilidade, a fibra vulcanizada hoje também utilizada como material de suporte para discos abrasivos, os chamados discos abrasivos de fibra vulcanizada ou, resumidamente, discos de fibra.
Estes produtos são fabricados com suportes com uma espessura entre 0,4 e 1,0 mm, sendo mais comum 0,6 mm.
A fibra vulcanizada é resistente à temperatura, mas apenas até aos 110 °C. Por este motivo, o utilizador deve evitar trabalhar a níveis de pressão que excedam os recomendados, uma vez que pode causar bolhas e queimaduras no disco, resultando, em última análise, na desintegração dos grãos.
A celulose utilizada para formar o suporte de fibra vulcanizada é higroscópica, o que significa que é capaz de absorver e libertar humidade do ambiente, levando a alterações de volume nas fibras.
Em que é um disco de fibra se distingue de um disco de abrasivo flexível?
A maior diferença prende-se com o suporte do abrasivo – fibra vs. papel, filme ou tela – sendo muito mais forte no primeiro caso. Por essa razão, o tipo de máquina em que são usados e de fixações são totalmente distintos.
Os discos de fibra são mais usados no desbaste, não sendo usados em operações de polimento final.
Quais são as espessuras de fibra mais comuns nos discos de fibra?
Ao discutir a espessura da fibra nos discos de fibra de resina, estamos a referir-nos principalmente à espessura do material de suporte, que desempenha um papel crítico na durabilidade, flexibilidade e desempenho do disco.
Os suportes de discos em fibra de resina variam normalmente de 0,6 mm a 1,0 mm de espessura:
• Serviço standard (~0,6 a 0,8 mm): mais flexível, melhor para contornos ou desbaste mais ligeiro.
• Serviço pesado (heavy-duty) (~0,8 a 1,0 mm): suporte mais espesso e rígido para um desbaste mais agressivo e durabilidade.
Estes valores podem variar ligeiramente em função: do fabricante, do diâmetro do disco e da aplicação pretendida (metal, madeira, compósito, etc.)
Os grãos abrasivos e o tamanho da granulação afetam a agressividade do corte mais do que a espessura da fibra.
Suportes mais espessos são preferíveis em aplicações de alta pressão, como a remoção de solda ou outros desbastes.
O que devo perguntar para obter informações sobre um disco de fibra?
As informações necessárias incluem o tamanho do diâmetro, o tamanho do furo central, o material abrasivo e o grão.
As dimensões indicadas: diâmetro x tamanho do furo.
Quais são os tamanhos ou diâmetros comuns para um disco de fibra?
Os tamanhos mais comuns de discos de fibra são 115 mm, 125 mm e 180 mm.
Os diâmetros de 100 mm, 150 mm e 230 mm são raros e mais difíceis de encontrar.
Qual é o tamanho e a forma típicos do furo central dos discos de fibra?
Os discos de fibra possuem normalmente um orifício central. O formato do furo é importante porque determina a forma como o disco se fixa ao prato de apoio da rebarbadora.
O diâmetro do furo central é standard, de 22,23 mm (7/8”), e pode ter as seguintes configurações:
• Furo redondo
• Furo redondo rebaixado
• Furo redondo com 4, 8 ou 6 ranhuras
Que grãos estão disponíveis nos discos de fibra?
Os grãos disponíveis para os discos de fibra são o óxido de alumínio (Alox), o zircónio (Zr), o carboneto de silício (SiC) e o cerâmico (Cer).
Quais são os grãos comuns nos discos de fibra?
Os grãos padrão para o discos de fibra são: 16, 24, 36, 40, 50, 60, 80, 100, 120, 150, 180, 220, 240, 280 e 320.
Quais as vantagens de um disco de fibra em relação a um disco lamelado?
Um disco de fibra é mais agressivo e foi concebido para uma remoção mais rápida de material, além de ser normalmente mais barato.
Quais são as aplicações de um disco de fibra?
As aplicações mais comuns são a remoção de solda, desbaste e remoção de imperfeições.
Que tipo de abrasivo deve ser utilizado em diferentes materiais?
O uso geral é assegurado com os grãos de óxido de alumínio ou zircónio.
Os grãos de óxido de alumínio são normalmente utilizados em alumínio e materiais macios.
Os discos de fibra de carboneto de silício são utilizados para retificar peças de compósitos, borracha ou plástico.
Os grãos de zircónio ou cerâmico são comprovadamente ideais para aço carbono.
Os discos de fibra de cerâmico são ideais para aço duro e inoxidável.
A cor de um disco de fibra tem algum significado?
Sem ser regra, pois depende da decisão de marketing do fabricante, os tipos de grãos têm normalmente uma cor associada:
• Os grãos de Alox são normalmente castanhos.
• Os grãos de ZR utilizam geralmente o azul e, por vezes, o verde.
• Os SiC são, na maioria das vezes, cinzentos ou pretos.
• Os grãos de Cer utilizam o vermelho ou o verde.
Existem diferentes tipos de bases de suporte para discos de fibra?
Os discos de fibra podem ser normalmente utilizados com duas famílias de pratos de suporte:
• Normal, com flexibilidade: suave, média e dura.
• Reforçada, também chamada de turbo, com duas configurações: muito dura (turbo I) e extradura (turbo II).
Cada tipo de base serve diferentes tipos de aplicações.
• As bases de apoio macias são utilizadas principalmente para aplicações mais leves com grãos mais finos.
• As bases de apoio rígidas destinam-se a aplicações pesadas, com uma gama de grãos recomendada de 36 a 40, normalmente associados a discos de fibra de zircónio e cerâmico.
• Os discos com grãos cerâmicos grossos, como o 36 ou o 40, onde a pressão é relevante, devem normalmente utilizar pratos reforçados do tipo turbo.
Qual é a rotação nominal dos discos de fibra?
A rotação nominal de um disco de fibra é definida pela rotação nominal da base de apoio.
A velocidade angular máxima padrão para ambos (discos e pratos) é normalmente de 80 m/s, o que se traduz em 13.300 rpm (Ø115 mm), 12.500 rpm (Ø125 mm) e 8.500 rpm (Ø180 mm).
Como é que um disco de fibra é fixado a uma rebarbadora angular?
Um disco de fibra de resina é fixado a uma rebarbadora com um prato de apoio e uma porca central.
Uma chave de bocas é utilizada para remover e voltar a colocar a porca central.
Cuidados essenciais no armazenamento de discos de fibra?
O armazenamento correto de discos abrasivos de fibra é fundamental para garantir a sua durabilidade, eficácia e segurança durante o uso. A má conservação pode levar ao desgaste prematuro, deformações ou até acidentes.
Seguem as recomendações:
1. Armazenar em local seco e ventilado
Todos os tipos de suportes são muito vulneráveis a variações de temperatura e humidade durante o armazenamento.
Mantenha o stock com níveis constantes de temperatura, entre 15ºC e 27°C.
Evitar humidade, que pode afetar o adesivo e deformar o disco. Mantenha níveis constantes de humidade entre 25% e 45%.
Ambientes húmidos podem levar ao inchamento do suporte de fibra e à diminuição da aderência do abrasivo. Mantenha as caixas afastadas de paredes e pavimentos húmidos ou frios, onde possam absorver humidade.
2. Evitar exposição direta ao sol ou calor
Não guardar perto de fontes de calor (ex.: aquecedores, motores).
O calor pode deformar os discos e danificar os abrasivos.
3. Embalagens originais
Mantenha os produtos nas embalagens originais. Para além de facilitar o manuseamento e o empilhamento, os discos são normalmente embalados em pressão para evitar deformações. Os discos premium são embalados em sacas estanques com humidade controlada.
4. Manter em local plano e estável
Guardar os discos em posição horizontal e empilhados uniformemente.
Não os dobrar ou colocar sob objetos pesados, para evitar empenamentos.
5. Não misturar tipos ou grãos
Separar por tipo de abrasivo e granulometria, para facilitar a identificação e evitar erros de uso.
6. Evitar contato com óleos ou solventes
Substâncias químicas podem deteriorar o material de base e afetar a eficácia do disco.
7. Respeitar a validade do disco
Alguns discos têm prazo de validade; usar dentro desse período para garantir desempenho e segurança.
8. Usar suportes ou armários próprios
Sempre que possível, usar suportes específicos para discos abrasivos ou armários fechados que os protejam de poeiras e danos físicos.
Princípios Gerais de Segurança para Discos de Fibra
Os produtos abrasivos utilizados incorretamente podem ser muito perigosos:
Siga sempre as instruções fornecidas pelo fornecedor do produto abrasivo e da máquina;
Certifique-se de que o disco de fibra é adequado para a utilização prevista.
Esteja ciente dos potenciais perigos ao utilizar discos de fibra e observe as precauções recomendadas:
Contacto corporal com o produto abrasivo à velocidade de operação;
Lesões resultantes da quebra ou da projeção do disco durante a utilização;
Resíduos de retificação, faíscas e poeiras geradas pelo processo de retificação;
Ruído;
Vibração.
Nunca utilize uma máquina que não esteja em boas condições de funcionamento ou que tenha peças defeituosas.
As empresas devem:
Realizar uma avaliação de riscos para todos os processos abrasivos individuais, de modo a determinar as medidas de proteção adequadas necessárias;
Garantir que os seus colaboradores estejam devidamente formados para o desempenho das suas funções.
Instruções de Segurança para a Utilização de Discos de Fibra
Tome especial cuidado se não estiver a utilizar uma rebarbadora angular.
Não utilize perto de materiais inflamáveis.
Leia sempre as instruções de segurança. Não as descarte antes de ler.
Examine o disco para verificar se existem danos ou manchas invulgares. Nunca utilize um disco danificado.
Verifique se a velocidade marcada na máquina não é superior à velocidade marcada no disco. Não utilize o disco se a velocidade for inferior à velocidade marcada na máquina ou se não existir nenhuma velocidade marcada no mesmo.
Nunca utilize sem um prato de suporte adequado.
Alinhe a porca especial de fixação corretamente
Certifique-se de que a proteção da máquina está instalada.
Certifique-se de que a peça de trabalho está firme.
Nunca desbaste sem equipamento de proteção.
Use luvas e proteção ocular para se proteger dos detritos projetados.
Utilize proteção auricular se estiver a trabalhar com ferramentas que geram ruído.
Utilize uma máscara anti-pó para evitar a inalação de partículas suspensas no ar.
Certifique-se de que as pessoas circundantes estão protegidas contra lascas, faíscas, detritos, fumo, pó ou ruído.
Após a montagem do disco de fibra, certifique-se de que as proteções estão no lugar e corretamente ajustadas. Faça um teste operando o disco à velocidade máxima. Verifique se existem vibrações ou ruídos invulgares e corrija-os, se observados.
Os discos de fibra só devem ser utilizados a seco, a menos que sejam especificados como adequados para desbaste húmido (contacte o fabricante em caso de dúvida).
Utilize apenas para desbaste, com un ângulo de 10º. Não utilize para cortar.
Trabalhe de um lado para o outro sem forçar excessivamente. Nunca aplique força no disco.
Verifique periodicamente os discos em utilização quanto a desgaste, rasgos ou danos (por exemplo, fissuras nas extremidades, fraturas ou desgaste severo) e substitua-os, se necessário.
Discos Lamelados
O que são discos lamelados?
Os discos lamelados são constituídos por pequenas folhas de material abrasivo (laminilhas) sobrepostas, conhecidas como ‘flaps’, fixadas sobre uma base.
São projetados para aplicações de rebarbadora em ângulo reto ou quase reto, para aplicações que vão desde a elevada remoção de material ao acabamento médio.
Um disco lamelado, por possuir várias camadas, expõe o novo grão em cada laminilha à medida que as outras se desgastam.
Quais são as vantagens dos discos lamelados?
Alguns dos benefícios dos discos lamelados são:
– Excelente versatilidade: os discos lamelados permitem lixar e dar acabamento com uma única ferramenta. Eles são ideais para aplicações desde marcenaria até retificação ou acabamento de betão.
– Maior capacidade de manobra: um disco lamelado é uma solução leve e fácil de usar, permitindo que as retificadoras concluam as tarefas com rapidez e precisão.
– Ruído e vibração reduzidos: a segurança e o conforto do trabalhador são fundamentais em ambientes que requerem materiais abrasivos. Os discos lamelados abrasivos são mais silenciosos e vibram menos, tornando-os mais seguros e confortáveis para sua equipe.
– Vida prolongada: os discos lamelados requerem menos trocas ao longo do tempo e permanecem funcionais durante um longo período. Esta durabilidade origina menos custos a longo prazo.
Quais são os tipos de discos lamelados?
Em termos de forma, existem dois tipos de discos: o tipo 27 (planos), que tem a face plana e o tipo 29 (cónicos) que tem a face angular, sendo estes os mais usuais.
• Discos planos (Tipo 27):
Os discos lamelados planos normalmente retificam melhor em ângulos menores, entre 0 e 15 graus. Eles são ideais para o acabamento suave em superfícies planas e podem lidar com contornos leves.
• Discos cónicos (Tipo 29):
Os discos lamelados cónicos, têm uma superfície de retificação em forma de prato em vez de plana. Eles trabalham melhor com ângulos entre 15 e 35 graus. Permitem a remoção agressiva de material.
Em geral, usam-se os discos lamelados cónicos para a retificação inicial, que exige uma ação mais agressiva, e os discos planos para o acabamento final ou o refinamento de precisão.
Quais são os tipos de abrasivos mais comuns nos discos lamelados?
Os abrasivos mais comuns nos discos lamelados são: o zircónio, o cerâmico e o óxido de alumínio, por esta ordem.
• O Zircónio (Zr) é uma mistura de grãos de zircónia e alumínio com capacidade de auto-afiação. É resistente, durável e imune ao calor, o que o torna a escolha ideal para aplicações em aço com baixo teor de carbono e carbono. Esta opção é perfeita para remoção agressiva de material e desbaste. Proporciona um corte rápido e possui excelente longevidade.
• Cerâmico (Cer): os discos cerâmicos oferecem desempenho superior e são especialmente eficazes em aços inoxidáveis e de alta liga. À medida que são gastos, os grãos microfraturam para expor bordas frescas e afiadas de forma consistente. Proporciona cortes mais rápidos e também aproveitamento máximo do grão, tendo grande durabilidade.
• Óxido de alumínio (Alox): é tipicamente a solução mais económica, podendo apresentar uma boa relação qualidade-preço. São menos comuns.
Em que materiais são usados os discos lamelados?
Regra geral, cada tipo de grão é associado a um determinado material a trabalhar, como por exemplo:
• Os discos cerâmicos são usados em aço inoxidável ou aço muito duro.
• Os discos de zircónio ou óxido de alumínio são normalmente usados em alumínio.
• Os discos de zircónio ou cerâmico são comprovadamente ideais para os aços-carbono.
Selecionando a granulometria apropriada
Os discos lamelados são produzidos com vários tamanhos de grãos.
Abrasivos com números de grão mais baixos são um excelente ponto de partida para remoção de material e desbaste padrão. Abrasivos com números mais altos (mais finos, portanto) proporcionam um acabamento mais suave.
A escolha depende do estágio do projeto e do resultado desejado, seguindo-se algumas orientações base:
• Grãos 36 e 40: estes grãos são os mais abrasivos e facilitam operações pesadas, como, por exemplo, a remoção de material.
• Grãos entre 40 e 60: pode-se usar qualquer destes grãos abrasivos para retificação de solda e remoção de rebarba.
• Grão 60 e 80: à medida que o grão abrasivo se torna mais fino, é mais adequado para aplicações de remoção de ferrugem.
• Grão entre 80 e 120: o grão abrasivo mais fino desta gama é ótimo para aplicações de refinamento como limpeza e acabamento.
O aço inoxidável, por exemplo, geralmente requer processos adicionais de acabamento superficial devido às propriedades que cada um confere ao material.
Como identifico o tipo de grão do disco?
Não sendo soluções universais:
-O grão azul é, regra geral, de Zircónio;
-O grão vermelho brilhante é tipicamente Cerâmico.
-Um grão acastanhado é normalmente Óxido de Alumínio.
Quais são as medidas típicas de um disco lamelado?
Há duas medidas base nos discos lamelados: o diâmetro externo e o do furo central, sendo que a espessura depende da disposição das laminilhas e do tipo de suporte, não sendo evidenciada.
Os diâmetros mais comuns dos discos lamelados são: 100, 115, 125, 150 e 180 mm.
O furo central de 22 mm (7/8″) é quase universal, podendo também ter 16mm (5/8”) nos discos mais pequenos.
Quais são os suportes mais comuns nos discos lamelados?
O suporte oferece estabilidade durante o uso, sendo que as soluções mais empregues são a fibra de vidro, o plástico/nylon e, mais raramente, o alumínio.
• Suporte de fibra de vidro – É robusto, leve e seguro, formando uma ligação sólida com os adesivos e eliminando a possibilidade de contaminação da superfície de trabalho. Absorve bem as vibrações, pelo que é excelente para o conforto do operador. Como a fibra de vidro é constituída em camadas, é facilmente doseada a rigidez a conferir à base. São as bases mais comuns.
• Suporte de material plástico – As bases de plástico estão a tornar-se mais populares porque para além de serem mais económicas e são confortáveis de usar. Usam-se vários tipos de plástico, embora o nylon seja o mais comum.
• Suporte de alumínio – os suportes em alumínio são os menos populares, mas são bons em aplicações que exigem uma resistência e rigidez muito elevadas, nomeadamente para um desbaste mais pesado. São tipicamente os suportes mais caros e relativamente raros.
Quais são as aplicações mais comuns para os discos lamelados?
Os discos lamelados podem ser usados para:
• Remoção de solda e demais material na fabricação de metal
• Rebarbação
• Acabamento de superfícies metálicas
• Desbaste e acabamento de todo o tipo de metais
• Remoção de tinta e ferrugem
• Alisamento e modelação de madeira
• Polimento de betão
• Brilho e polimento
Os discos lamelados são usados em que máquinas?
Os discos lamelares são utilizados em rebarbadoras angulares retas.
Podem usar-se usar discos lamelados em uma ferramenta de menor potência, mas estes produtos são projetados para ferramentas com potência elevada.
Qual é a vantagem de um disco lamelado em relação a um disco de fibra?
Um disco lamelado é mais durável que um discos de fibra e pode deixar um acabamento mais fino, contudo é tipicamente mais caro.
Quis são as vantagens dos discos lamelados vs. os discos rígidos de desbaste?
Os discos lamelados apresentam as seguintes vantagens face aos discos rígidos de desbaste:
• Menor pressão necessária para alcançar resultados;
• Mais flexíveis, o que proporciona menos vibração e ruído do que um disco rígido de desbaste;
• Remoção de material mais controlada;
• Temperaturas de desbaste mais baixas;
• Custo-benefício;
• Leve e fácil de manobrar;
• Melhor acabamento e menos riscos do que outros discos;
• Um contacto excelente com a superfície de trabalho.
O que significa HD num disco lamelado?
HD significa heavy duty – alta densidade, o que significa que possui mais laminilhas (flaps) do que um disco lamelado padrão, o que significa que dura mais, podendo ser menos agressivo.
Quais são as informações essenciais na encomenda de um disco lamelado?
São essenciais os seguintes dados:
-Diâmetro
-Tipo/formato: cónico (29) ou plano (27)
-Tipo de abrasivo: Zr, Cer ou Alox
-Grão: tipicamente de 36 a 120
Princípios Gerais de Segurança para Discos Lamelados
Os produtos abrasivos utilizados incorretamente podem ser muito perigosos:
Siga sempre as instruções fornecidas pelo fornecedor do produto abrasivo e da máquina;
Certifique-se de que o disco lamelado é adequado para a utilização prevista.
Esteja ciente dos potenciais perigos ao utilizar discos lamelados e observe as precauções recomendadas:
Contacto corporal com o produto abrasivo à velocidade de operação;
Lesões resultantes da quebra ou da projeção do disco durante a utilização;
Resíduos de retificação, faíscas e poeiras geradas pelo processo de retificação;
Ruído;
Vibração.
Nunca utilize uma máquina que não esteja em boas condições de funcionamento ou que tenha peças defeituosas.
As empresas devem:
Realizar uma avaliação de riscos para todos os processos abrasivos individuais, de modo a determinar as medidas de proteção adequadas necessárias;
Garantir que os seus colaboradores estejam devidamente formados para o desempenho das suas funções.
Instruções de Segurança para a Utilização de Discos Lamelados
Tome especial cuidado se não estiver a utilizar uma rebarbadora angular.
Não utilize perto de materiais inflamáveis.
Leia sempre as instruções de segurança. Não as descarte antes de ler.
Examine o disco para verificar se existem danos ou manchas invulgares. Nunca utilize um disco danificado.
Verifique se a velocidade marcada na máquina não é superior à velocidade marcada no disco. Não utilize o disco se a velocidade for inferior à velocidade marcada na máquina ou se não existir nenhuma velocidade marcada no mesmo.
Alinhe as flanges corretamente.
Certifique-se de que a proteção da máquina está instalada.
Certifique-se de que a peça de trabalho está firme.
Nunca desbaste sem equipamento de proteção.
Use luvas e proteção ocular para se proteger dos detritos projetados.
Utilize proteção auricular se estiver a trabalhar com ferramentas que geram ruído.
Utilize uma máscara anti-pó para evitar a inalação de partículas suspensas no ar.
Certifique-se de que as pessoas circundantes estão protegidas contra lascas, faíscas, detritos, fumo, pó ou ruído.
Após a montagem do disco lamelado, certifique-se de que as proteções estão no lugar e corretamente ajustadas. Faça um teste operando o disco à velocidade máxima. Verifique se existem vibrações ou ruídos invulgares e corrija-os, se observados.
Os discos lamelados só devem ser utilizados a seco, a menos que sejam especificados como adequados para desbaste húmido (contacte o fabricante em caso de dúvida).
Utilize apenas para desbaste. Não utilize para cortar.
Trabalhe de um lado para o outro sem forçar excessivamente. Nunca aplique força no disco.
Verifique periodicamente os discos em utilização quanto a desgaste, rasgos ou danos (por exemplo, fissuras nas extremidades, fraturas ou desgaste severo) e substitua-os, se necessário.
PRINCÍPIOS GERAIS DE SEGURANÇA (FEPA)
Foram realizados todos os esforços para garantir que todas as informações sejam precisas e estejam atualizadas.
Entretanto, não podemos assumir a responsabilidade por qualquer erro ou omissão, nem por qualquer perda ou dano em consequência das informações.
Os produtos abrasivos usados de forma inadequada podem ser muito perigosos:
Siga sempre as instruções fornecidas pelo fornecedor do produto abrasivo e da máquina.
Certifique-se de que o produto abrasivo é adequado para o uso pretendido.
Antes da montagem verifique se os produtos se encontram danificados ou se têm defeito.
Siga os procedimentos corretos de manuseamento e armazenamento de produtos abrasivos.
Durante a utilização de produtos abrasivos tenha em atenção a probabilidade do risco e tome as precauções recomendadas:
Contacto do corpo com o produto abrasivo à velocidade de funcionamento
Lesão resultante da avaria do produto durante a utilização
Detritos de retificação; faíscas, fumo e pó gerados pelo processo de retificação
Ruído
Vibração
Utilize apenas produtos abrasivos conformes com os mais elevados padrões de segurança. As normas EN seguintes estabelecem os requisitos essenciais de segurança para os respetivos produtos abrasivos:
EN12413 para Abrasivos Ligados.
EN13236 para Superabrasivos.
EN13743 para Abrasivos Revestidos específicos (discos de fibra vulcanizada, rolos cardados, discos de folhas superpostas e rodas com abas montados no fuso).
Nunca use uma máquina que não esteja em boas condições de funcionamento ou com peças defeituosas.
As empresas devem realizar uma avaliação de risco em todos os processos abrasivos individuais para determinar as medidas de proteção adequadas necessárias.
Devem assegurar que os seus funcionários têm formação adequada para o desempenho das suas funções.
CUIDADOS CONTRA RISCOS PROVÁVEIS
Contato do produto abrasivo com o corpo
Seja sempre cauteloso e preste atenção ao usar produtos abrasivos. Prenda os cabelos atrás e não use vestimenta larga, gravata ou jóias / bijuterias.
Previna-se contra um funcionamento acidental da máquina antes de montar ou trocar um produto abrasivo. Quando necessário, isole as máquinas da sua fonte de energia.
Nunca remova as proteções de máquinas quando embutidas e certifique-se de que elas estão em boas condições e ajustadas adequadamente antes de colocar a máquina em funcionamento.
Use sempre luvas e vestimenta adequada ao manusear a peça a ser trabalhada ou a máquina. Relativamente às luvas, recomenda-se um nível de proteção mínima de EN 388 Categoria 2.
Depois de desligar a máquina e antes de se distanciar da máquina, certifique-se de que o produto atingiu o seu ponto de descanso.
Lesão causada por rotura do produto
Manuseie os abrasivos com bastante cuidado, pois eles são muito frágeis. Antes do uso, examine todos os produtos quanto a defeitos ou danos.
Armazene os abrasivos em condições secas e livres de congelamento, evitando grandes variações de temperatura.
Certifique-se de que eles estão protegidos e posicionados adequadamente, a fim de prevenir danos e deformações.
Abrasivos revestidos (flexíveis) devem ser armazenados, de preferência, a uma temperatura de 18-22º C com 45-65% de humidade relativa.
As cintas devem ser apoiadas sobre uma barra ou pino com não menos de 50mm de diâmetro.
Nunca use um produto abrasivo depois do seu prazo de validade. Observe a vida útil recomendada relacionada com os seguintes produtos específicos quando não tenham validade expressa: produtos de resinóide e de goma-laca: 3 anos; produtos de borracha: 5 anos; produtos vitrificados: 10 anos.
Verifique se há alertas ou outras informações de segurança relacionadas, na embalagem ou no próprio produto abrasivo.
Certifique-se de que foi selecionado o produto abrasivo correto. Nunca use um produto se este não puder ser identificado adequadamente.
Ao montar os produtos abrasivos, siga as instruções fornecidas pelo fornecedor da máquina ou do produto abrasivo. Observe quaisquer indicações de montagem marcadas no produto, tais como direção de execução ou posição de montagem.
Nunca force o produto abrasivo no dispositivo de montagem nem o modifique para assegurar o encaixe.
Onde estiver especificada, nunca exceda a velocidade máxima de operação.
Verifique se foram usados os dispositivos corretos de montagem e se eles estão limpos, sem rebarbas e livres de interferência.
Não aperte excessivamente o dispositivo de montagem.
Após montar ou remontar um produto abrasivo e antes do uso, realize um teste com a velocidade operacional, com a proteção no local, por pelo menos 30 segundos, sem a máquina.
Nunca remova proteções de máquinas quando montadas e certifique-se de que as proteções estejam em boas condições e ajustadas de forma apropriada.
Certifique-se que a peça a ser trabalhada está segura e apoiada adequadamente. Assegure-se de que os suportes de trabalho estão ajustados de forma adequada e segura.
Nunca coloque a máquina em funcionamento com a peça a ser trabalhada em contato com o produto abrasivo.
Nunca exerça força ou impacto excessivo no produto abrasivo e também não o deixe sobreaquecido.
Não retifique na parte do produto que não estiver designada para a operação. Evite lixar com a borda das cintas abrasivas; se possível, use o centro da cinta.
Evite bloquear e usar de forma não uniforme o produto, a fim de garantir que este trabalhe com eficiência.
Deixe o produto abrasivo parar naturalmente, não exerça pressão sobre a sua superfície.
Feche a entrada do líquido de refrigeração e deixe a máquina a trabalhar até que o abrasivo esteja bem escorrido.
Não deixe as cintas abrasivas sob tensão quando não estiverem em uso.
Retificando fragmentos – centelhas, pó e fumos
A exposição a fragmentos pode causar danos aos pulmões ou outras lesões físicas.
Todos os processos de retificação a seco devem ser providos com equipamentos adequados de extração.
Não use produtos abrasivos próximos de materiais inflamáveis.
O uso de máscaras em conformidade com a EN149 é recomendado para o processo de retificação a seco, mesmo que sejam fornecidos sistemas de extração.
Quando fornecidas, as proteções devem ser ajustadas para desviar as centelhas e os fragmentos do operador. Tome as medidas adicionais para proteger as pessoas que estão próximas do local.
Recomenda-se o uso de óculos de proteção para todas as aplicações com máquina para abrasivos. Para máquinas ou peças brutas manuseadas, óculos de proteção ou proteções para a toda a face são recomendadas com um nível mínimo de proteção de EN166 Grau B.
Certifique-se de que foi selecionado o produto abrasivo correto. Um produto impróprio pode causar fragmentos e pó em excesso.
PRECAUÇÕES CONTRA RISCOS PROVÁVEIS
Ruido
Recomenda-se o uso de proteção auditiva em conformidade com a norma EN352a para todas as aplicações onde a peça de trabalho ou a máquina é manuseada, independentemente do nível de ruído.
Certifique-se de que é selecionado o produto abrasivo correto. Um produto inadequado pode causar ruído excessivo.
Vibração
Os processos em que a peça de trabalho ou a máquina é manuseada podem causar lesões relacionadas com vibração.
É necessário agir se sentir formigueiro, adormecimento ou dormência após 10 minutos de operação contínua com o produto abrasivo.
Os efeitos da vibração são mais pronunciados a uma temperatura fria, pelo que, deve manter as mãos quentes e exercitar as mãos e os dedos regularmente. Use equipamento moderno com baixos níveis de vibração.
Mantenha todo o equipamento em boas condições e pare e verifique-o em caso de vibração excessiva.
Use produtos abrasivos de boa qualidade e mantenha-os em boas condições durante a sua vida útil.
Mantenha os rebordos de montagem e os blocos de suporte em bom estado e substitua-os em caso de desgaste ou deformação.
Não segure a peça de trabalho ou a máquina com demasiada força e não exerça pressão excessiva sobre o produto abrasivo.
Evite o uso contínuo do produto abrasivo.
Use o produto correto. Um produto inadequado pode causar vibração excessiva.
Não ignore os sintomas físicos causados pela vibração e procure aconselhamento médico.
ELIMINAÇÃO DOS ABRASIVOS
Os abrasivos usados ou defeituosos devem ser eliminados de acordo com a regulamentação local ou nacional.
Pode ser obtida mais informação através da Informação Voluntária do Produto facultada pelo fornecedor.
Tenha em atenção que o produto abrasivo pode ficar contaminado com o material da peça de trabalho ou do processo após o uso.
Os produtos abrasivos eliminados devem ser danificados para evitar que sejam retirados dos contentores de lixo e reutilizados.